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Índia e Japão se preparam para atrair investidores diante da perda de força dos EUA

Índia e Japão se preparam para atrair investidores diante da perda de força dos EUA

Índia e Japão não estão esperando para agir diante das dificuldades econômicas dos Estados Unidos e da fragilidade do dólar. Com a possível aproximação do fim da era da excepcionalidade americana, outras potências já se movimentam para disputar o protagonismo global.

Segundo analistas do banco Nomura, Índia e Japão devem se beneficiar da perda de dominância dos Estados Unidos no mercado acionário global. Os especialistas destacam a solidez dessas economias em indicadores-chave de investimento. “O mundo costumava apostar na excepcionalidade econômica dos EUA, mas, se essa narrativa mudar, os fluxos financeiros podem se inverter rapidamente”, alerta o relatório.

Desde 2010, investidores estrangeiros compraram US$ 3,3 trilhões em ações americanas, elevando suas participações para US$ 16,5 trilhões — o equivalente a 17,8% do mercado acionário dos EUA, conforme estimativas do Nomura.

Em um estudo recente, o banco avaliou 46 mercados desenvolvidos e emergentes fora dos EUA com base em 24 indicadores, agrupados em cinco pilares: liquidez e eficiência de mercado, fundamentos econômicos e financeiros, governança e regulação, risco e estabilidade, e relevância no cenário global.

Com base nessa metodologia, a conclusão foi clara: entre os emergentes, a Índia lidera; entre os desenvolvidos, o destaque é o Japão. Ambos estariam mais bem posicionados para atrair capital internacional caso o cenário norte-americano se deteriore. “Esses países devem ganhar espaço à medida que os investidores comecem a diversificar suas carteiras além dos Estados Unidos”, reforça o estudo.

A China surge como principal concorrente direto. Se houver uma reaproximação entre Washington e Pequim, o país asiático “poderia experimentar uma entrada de capital sem precedentes”, avalia o Nomura.

Ainda assim, Índia e Japão reúnem duas qualidades essenciais para atrair grandes fluxos de capital global: profundidade (liquidez) e amplitude (diversidade de oportunidades).Essas características colocam Índia e Japão em posição de vantagem em relação a outras nações e sugerem que ambos estão preparados para ocupar o espaço deixado por uma possível perda de protagonismo dos Estados Unidos nos mercados globais.

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