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Fed enfrenta um dilema sobre a trajetória futura das taxas de juros

Fed enfrenta um dilema sobre a trajetória futura das taxas de juros

Um período desafiador se aproxima para o Federal Reserve, que terá de decidir se manterá as taxas de juros inalteradas ou mudará de rumo ainda este ano.

Segundo analistas do Morgan Stanley, é provável que o Fed mantenha os juros estáveis até o final de 2025. O banco argumenta que, no momento, os formuladores de políticas estão mais preocupados em controlar a inflação do que em reagir à atividade econômica fraca.

Na reunião mais recente, o Federal Reserve optou por manter as taxas de juros entre 4,25% e 4,5%, citando sinais de relativa estabilidade econômica. Ainda assim, a autoridade monetária demonstrou preocupação com os riscos crescentes relacionados tanto à inflação quanto ao desemprego. O presidente do Fed, Jerome Powell, reconheceu que há uma crescente incerteza em torno dos efeitos do amplo plano tarifário do presidente Donald Trump.

A Casa Branca adiou recentemente a implementação de parte das novas tarifas para a maioria dos países. No entanto, especialistas alertam que essa trégua será apenas temporária. Embora as tensões comerciais tenham diminuído, continua em vigor uma tarifa geral de 10% sobre produtos como aço, alumínio, automóveis e peças automotivas. De acordo com economistas, os Estados Unidos enfrentam agora a maior taxa efetiva de tarifas desde a década de 1930.

Embora alguns economistas alertem que tarifas elevadas podem pesar sobre a economia americana, o Morgan Stanley adota uma visão mais otimista, afirmando que a inflação representa um desafio mais urgente para o Fed do que o crescimento econômico fraco. O banco projeta que a trajetória de queda da inflação até a meta de 2% do Fed será mais lenta, à medida que os efeitos das tarifas adiadas se intensificam, atingindo o pico no final de 2025.

Diante desse cenário, o Morgan Stanley prevê que o Fed retomará o ciclo de flexibilização em março de 2026, reduzindo gradualmente as taxas de juros para abaixo do chamado "nível neutro" — o ponto em que a política monetária não estimula nem restringe o crescimento econômico.

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