Morgan Stanley vê as tarifas de Trump como um aumento pontual da inflação, não como um aumento estrutural
Os mercados subiram pelo terceiro dia consecutivo, interpretando a situação atual como uma incerteza generalizada no comércio — longe de um colapso de mercado. Isso permite uma perspectiva mais calma e racional. As coisas não estão tão ruins quanto parecem. Sinais de resfriamento da economia dos EUA aumentam a probabilidade de o Federal Reserve retomar um ciclo de afrouxamento monetário em um futuro próximo, enquanto o sucesso das ações globais oferece suporte para o S&P 500 em um ambiente desafiador.
O Barclays foi um dos últimos bancos a elevar sua previsão para o índice amplo de ações para 6050 até o final de 2025, acima da projeção anterior de 5900, citando que o pior drama tarifário já ficou para trás. Os derivativos preveem oscilações do S&P 500 em resposta ao próximo relatório de emprego dos EUA dentro de uma faixa de +/-0,9%, abaixo da média histórica de +/-1,3%.
O mercado se acalmou e planeja voltar a operar sob o princípio "TACO" — "Trump Always Causes Outrage" ("Trump Sempre Causa Indignação") — apenas em julho, quando terminar o período de carência de 90 dias concedido pela Casa Branca. Dois cenários possíveis são que o presidente recue, temendo um colapso do S&P 500, ou que as tarifas aumentem drasticamente. No primeiro caso, o índice amplo renovará máximas históricas; no segundo, despencará devido aos temores de recessão.