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Inflação na Alemanha perde força, mas cenário ainda inspira cautela

Inflação na Alemanha perde força, mas cenário ainda inspira cautela

Parece que a Alemanha está conseguindo atravessar a tempestade. Os preços, que haviam disparado nos últimos meses, finalmente começaram a perder força. Entre analistas, há consenso de que o pior momento da inflação já passou. Ainda assim, muitos alertam que essa calmaria pode não representar uma virada definitiva, mas apenas uma pausa antes de novas pressões.

Atualmente, a inflação geral permanece um pouco acima de 2% — exatamente o patamar que os bancos centrais costumam perseguir como “meta de estabilidade”. Mas, como sempre, o diabo mora nos detalhes: no setor de serviços, a inflação continua teimosamente alta, girando em níveis que o banco central considera preocupantes.

Os analistas, portanto, mantêm cautela. Embora a situação tenha dado sinais de estabilização, a base segue frágil. Os preços dos serviços seguem subindo, os salários não acompanham esse ritmo, as tensões geopolíticas se intensificam, e o mercado de energia ainda enfrenta obstáculos.

Para 2026, as perspectivas para os preços de energia parecem mais animadoras, especialmente com os cortes prometidos nas tarifas de eletricidade. No entanto, no quadro geral, isso soa mais como uma medida paliativa do que como uma solução definitiva para o longo prazo.

Se tirarmos as oscilações mais voláteis nos preços de alimentos e combustíveis, a chamada inflação subjacente realmente mostra tendência de queda. Mesmo assim, especialistas alertam para que ninguém espere um retorno aos “bons velhos tempos”, quando a inflação rondava 1% e os juros estavam praticamente zerados. O mundo mudou — e as etiquetas de preço também.

Os gatilhos inflacionários continuam presentes: tensões geopolíticas, investimentos relacionados ao combate às mudanças climáticas, processos de relocalização industrial e custos domésticos crescentes, que vão desde defesa até descarbonização. Cada um desses fatores adiciona peso à balança da inflação.

Segundo os analistas, não há, no horizonte, sinais claros de um novo choque inflacionário. Mas, ao mesmo tempo, seria precipitado baixar a guarda. A Alemanha pode estar entrando numa nova fase em que a inflação já não assusta tanto, mas também não cede. Ela simplesmente persiste.

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