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Demissão do chefe das estatísticas trabalhistas mina a confiança nos principais dados econômicos

Demissão do chefe das estatísticas trabalhistas mina a confiança nos principais dados econômicos

As previsões para o futuro próximo dos Estados Unidos têm gerado preocupação. Especialistas temem que o país possa enfrentar problemas semelhantes aos da Grécia caso os dados econômicos sejam manipulados.

As tensões sobre a perspectiva econômica aumentaram após o presidente Donald Trump demitir Erica McEntarfer, chefe do Bureau of Labor Statistics. A decisão teria sido motivada pela divulgação de números de emprego abaixo do esperado, o que levantou receios de que os EUA pudessem repetir episódios semelhantes aos da Grécia ou da Argentina.

A CNN lembrou que países punidos por investidores por divulgar estatísticas falsas, como Grécia e Argentina, sofreram consequências graves. No entanto, a agência enfatizou que não há evidências de manipulação de dados pelo Bureau. Analistas argumentam que confiar apenas nas declarações da Casa Branca não é adequado. Segundo Alan Blinder, ex-vice-presidente do Federal Reserve, a demissão de McEntarfer representa “um passo arriscado em direção a um terreno instável”, podendo abrir precedentes para manipulação de dados. A CNN também destacou que “a saúde de toda a economia dos EUA está agora em jogo — uma economia da qual quase todos no mundo dependem”.

Na Grécia, autoridades financeiras recorreram a fraudes, prendendo o país em um impasse econômico. As consequências foram ainda mais severas que as da crise financeira global de 2008–2009. Credores, alarmados com a situação fiscal real, exigiram maiores rendimentos de títulos, e medidas de austeridade rigorosas provocaram uma onda de indignação pública.

A Argentina seguiu caminho semelhante, falsificando dados econômicos e permanecendo com classificação de crédito “lixo” por vários anos.

No início de agosto, Donald Trump demitiu McEntarfer, classificando-a como “uma indicada política de Biden”. O relatório que motivou a demissão foi considerado pelo presidente como manipulado em favor de “democratas radicais de esquerda”, que, em sua visão, minimizam os reais sucessos de sua administração.

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