Economia do Reino Unido mostra resiliência com atividade empresarial em pico desde agosto de 2024
Dias favoráveis estão prestes a chegar para a Grã-Bretanha. Segundo o economista Dean Turner, do UBS, a economia do Reino Unido mostra sinais de resiliência. A cereja no topo do bolo é a recuperação da atividade empresarial, que alcançou seu nível mais alto desde agosto de 2024.
Os índices recentes de gerentes de compras apontam para um fortalecimento do impulso, com o setor de serviços liderando a recuperação e a demanda robusta dos consumidores atuando como principal motor. Esses dados positivos sugerem que uma recessão é pouco provável, boa notícia para o governo britânico.
Ainda assim, as pressões sobre os preços continuam sendo um grande desafio. O relatório do PMI mostra que as empresas seguem repassando os custos associados ao aumento das contribuições para a previdência social. Turner destaca que é surpreendente ver consumidores aceitarem preços mais altos, apesar das reclamações generalizadas sobre inflação. Ele alerta que o risco é a inflação se incorporar às expectativas, transformando-se em uma bomba-relógio para o Banco da Inglaterra.
Embora o regulador tenha reduzido recentemente a taxa básica para 4%, a política monetária segue restritiva. Turner espera novos cortes no futuro, mas admite que prever o momento exato ainda é difícil.
Esse quadro contrasta com o dos Estados Unidos. Para Turner, por lá a questão já não é mais “se” as taxas serão reduzidas, mas “quando”. O UBS acredita que essa divergência ajudará a sustentar a libra esterlina frente a um dólar persistentemente fraco.