A economia dos EUA está mais uma vez oscilando em uma linha tênue: o Barclays descreveu seu estado atual como “estagnado” — a economia ainda está crescendo, mas de forma tão lenta que pode ser o início de uma desaceleração. De acordo com o modelo atualizado do banco, a probabilidade de uma recessão nos próximos oito trimestres é de cerca de 50%.

O Barclays esclarece que dificilmente ocorrerá uma crise total, mas sim um “precursor”, uma fase em que o crescimento desacelera o suficiente para aumentar o risco de uma recessão, mesmo que ela ainda não tenha sido oficialmente registrada.

Nesse contexto, as expectativas de um corte nas taxas da Reserva Federal em setembro estão começando a parecer menos previsões acadêmicas e mais uma questão de bom senso político e econômico.

Quanto à dinâmica do mercado, os fundos de hedge e os investidores institucionais compraram ativamente ações em agosto, em meio à volatilidade em declínio. Enquanto isso, os participantes tradicionais do mercado — gestores de longo prazo e consultores de negociação de commodities — optaram por comprar títulos. Parece que alguns participantes do mercado decidiram correr o risco, enquanto outros se lembraram do velho ditado sobre “portos seguros”.

No entanto, o Barclays alerta que, se os dados sobre empregos não agrícolas começarem a mostrar uma tendência de queda, esse equilíbrio frágil poderá mudar, aumentando a pressão sobre as ações, apesar do fato de que a compra generalizada de ações foi o catalisador que impulsionou a recuperação do verão.