Trump anuncia crescimento de US$ 18 trilhões em investimentos, mas dívida segue como grande preocupação
Na cúpula da APEC, em Gyeongju, Donald Trump subiu ao palco e proclamou triunfante que seu segundo mandato trouxe impressionantes US$ 18 trilhões para a economia dos Estados Unidos, e isso é apenas o começo. Ele estima que o valor possa chegar entre US$ 20 e US$ 22 trilhões até o fim do ano.
Esse boom financeiro começou em abril do ano passado, quando Trump impôs tarifas sobre importações de quase todos os países. Com sua habitual confiança, o presidente afirmou que suas políticas permaneceriam inalteradas para os inúmeros investidores que vinham aos Estados Unidos aplicar quantias colossais de dinheiro.
Na época, ele previa um influxo de US$ 6 a US$ 7 trilhões, mas a realidade acabou sendo ainda mais generosa, o total disparou para o dobro desse montante.
No entanto, há um porém: a dívida nacional dos Estados Unidos já ultrapassou US$ 38 trilhões e deve atingir 143,4% do PIB até 2030. Em outras palavras, enquanto Trump atrai investimentos, ele simultaneamente exporta títulos do Tesouro para financiar o crescimento global, uma tentativa de encher e esvaziar o balde ao mesmo tempo.
Esse influxo de capital fortalece o dólar, mas reduz a competitividade das exportações americanas. Trump parece estar jogando uma versão econômica de “Banco Imobiliário”, em que cada jogada rende trilhões, mas os números se tornam cada vez mais abstratos.