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O PMI industrial de maio superou as expectativas, mas foi aí que toda a positividade terminou - 46,6 pontos, ainda abaixo da zona de expansão, e não se fala em otimismo. Os volumes de produção e os novos pedidos estão diminuindo, e as métricas operacionais se deterioraram em cada um dos últimos oito meses.
De modo geral, o índice PMI não exerce um impacto significativo sobre as taxas de câmbio, mas oferece uma boa indicação das tendências econômicas. A próxima semana, no entanto, promete ser muito mais reveladora: na terça-feira, será divulgado o relatório sobre o mercado de trabalho, que mostrará as tendências no crescimento médio dos salários — um dos principais fatores por trás da persistência da inflação. Já na quinta-feira, serão publicados dados sobre a produção industrial e as taxas de crescimento do PIB. O Banco da Inglaterra precisa de evidências claras de que a desaceleração da inflação está ocorrendo conforme o esperado — embora, francamente, os números divulgados até agora indiquem o contrário.
As autoridades do BoE têm tentado sinalizar que a situação está sob controle. Na terça-feira, vários membros do Comitê de Política Monetária comentaram sobre a trajetória dos preços, que à primeira vista pode parecer estar fugindo ao controle. Dhingra afirmou que o processo de desinflação está em andamento; Breeden disse que "ganhou confiança" e também acredita que a desinflação está bem encaminhada; já Mann explicou que votou pela manutenção das taxas em maio porque o mercado de trabalho não havia se enfraquecido tanto quanto ela previa em fevereiro — esclarecendo sua posição sem fazer referência direta à alta da inflação. Em contraste, o governador do BoE, Andrew Bailey, afirmou que o mercado de trabalho perdeu força e que, embora o crescimento salarial continue elevado, está abaixo do esperado em fevereiro.
Ao que tudo indica, o Banco da Inglaterra quer garantir que o recente aumento da inflação seja visto como algo temporário, e não como sinal de instabilidade — essencialmente, a mensagem é de que tudo está dentro do planejado e que não há necessidade de uma reação imediata. Resta agora aguardar a próxima semana e os novos dados. Por ora, a libra está se comportando como esperado: valorizando-se, favorecida também pela evidente fraqueza do dólar.
A posição líquida comprada em GBP aumentou em US$ 978 milhões na última semana de relatório, totalizando US$ 2,99 bilhões. O posicionamento permanece altista, embora a vantagem ainda não seja substancial. O preço estimado parece pronto para retomar a trajetória de alta.
Na semana passada, observamos que as chances de um impulso de alta haviam aumentado visivelmente; a libra conseguiu se manter acima do suporte de 1,3443, visando 1,3650. O aumento da libra deve-se, em grande parte, não tanto à força da economia britânica, mas à fraqueza do dólar.
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*A análise de mercado aqui postada destina-se a aumentar o seu conhecimento, mas não dar instruções para fazer uma negociação.