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16.07.2025 06:08 PM
S&P500
Instantâneo dos principais índices de ações dos EUA na terça-feira
O mercado de ações abriu em alta após a notícia de que a NVIDIA (NVDA 170,55, +6,48, +4,0%) retomaria as vendas de seus chips H20 na China. No entanto, a alta dos juros após a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de junho gerou pressão vendedora, mantendo o S&P 500 e o mercado mais amplo sob pressão durante a maior parte da sessão.
Graças aos ganhos da NVIDIA e da Advanced Micro Devices (AMD) — que também busca retomar as vendas de chips de IA na China — o índice Nasdaq Composite fechou em nova máxima histórica.
O setor de tecnologia da informação do S&P 500 (+1,3%) foi o único a encerrar o dia em território positivo. As notícias sobre a NVIDIA e a AMD foram reforçadas por anúncios de grandes investimentos em data centers voltados para inteligência artificial. Por exemplo, a Alphabet (GOOG 183,10, +0,29, +0,2%) e a CoreWeave (CRWV 140,59, +8,22, +6,2%) anunciaram aportes em infraestrutura de IA. Isso impulsionou o índice PHLX Semiconductor, que subiu 1,3%.
Os outros dez setores do S&P 500 não conseguiram se recuperar da pressão causada pela alta dos juros após a divulgação do CPI de junho, às 8h30 (horário de Nova York).
O índice de preços ao consumidor subiu 0,3% em junho na comparação mensal, enquanto o núcleo do CPI — que exclui alimentos e energia — avançou 0,2%. Este último veio abaixo das expectativas, o que inicialmente animou o mercado: o S&P 500 chegou a registrar uma nova máxima intradiária de 6.302 pontos.
Contudo, uma análise mais detalhada do relatório revelou focos de inflação em várias categorias, aumentando as preocupações com uma possível inflação impulsionada por tarifas. Por exemplo, os preços de vestuário subiram 0,4% após recuarem 0,4% em maio, enquanto os preços de móveis e artigos para o lar avançaram 1,0% após uma alta de 0,3% no mês anterior. No fim das contas, o relatório não foi forte o suficiente para dissipar os receios inflacionários, especialmente os relacionados às tarifas, o que reforçou a percepção de que o Fed manterá sua postura de cautela.
O setor financeiro (-1,7%) fechou próximo das mínimas da sessão. Diversas grandes instituições financeiras, como JPMorgan Chase (JPM 286,55, -2,15, -0,7%) e BlackRock (BLK 1.046,16, -65,30, -5,9%), sofreram pressão de venda no estilo "sell the news", apesar de terem superado as expectativas de lucro.
O Citigroup (C 90,72, +3,22, +3,7%) foi uma rara exceção à tendência negativa. Enquanto isso, o Wells Fargo (WFC 78,86, -4,57, -5,5%) decepcionou com sua projeção de receita líquida de juros.
As perdas foram generalizadas na terça-feira: cerca de 90% das ações do S&P 500 registraram queda. Embora os ganhos de algumas grandes empresas de tecnologia tenham ajudado a disfarçar uma queda mais acentuada, a ausência de notícias positivas manteve o mercado em um clima de baixa após a divulgação do relatório do CPI.
O Russell 2000 caiu 2,0%, o S&P Midcap 400 recuou 1,8% e o S&P 500 ponderado igualmente (equal-weighted) perdeu 1,4%.
O mercado de Treasuries também reagiu. O rendimento da nota de 10 anos subiu 6 pontos-base, para 4,49%. As negociações com Treasuries permaneceram relativamente calmas após uma série de dados econômicos da China — incluindo um PIB do 2º trimestre acima do esperado, além das vendas no varejo de junho, investimento em ativos fixos e produção industrial — que apresentaram um quadro misto em relação às expectativas.
No entanto, essa calma desapareceu após a divulgação do CPI de junho, às 8h30 (horário de Nova York). A pressão vendedora se espalhou pela curva de rendimentos, impulsionada pelas preocupações inflacionárias e pela percepção de que o Fed veria o relatório como justificativa para manter sua postura cautelosa.
De acordo com a ferramenta CME FedWatch, a probabilidade de um corte de 25 pontos-base (para 4,00%–4,25%) na reunião do FOMC de setembro caiu para 54,0%, ante 62,6% no dia anterior.
Após a divulgação do CPI, o dólar americano se fortaleceu, refletindo a expectativa de que as taxas de juros permanecerão elevadas por mais tempo. O índice do dólar subiu 0,6%, alcançando 98,64.
A presidente do Federal Reserve de Boston, Susan Collins (com direito a voto no FOMC), reiterou uma postura de política monetária de "paciência ativa" em suas declarações.
Energia
O petróleo bruto Brent está sendo negociado a US$ 68,80.
Conclusão
O petróleo bruto Brent está sendo negociado agora a US$ 68,80. O mercado acionário dos EUA pode estar começando sua correção para baixo. Os investidores estão esperando que os alvos de correção sejam atingidos antes de comprar.
