Volatilidade das criptomoedas aponta para turbulência iminente nos mercados, alerta estrategista da Bloomberg
Sinais de alerta se espalham pelo universo cripto. Para Mike McGlone, estrategista sênior da Bloomberg, a recente escalada da volatilidade cripto pode não ser apenas ruído. Segundo ele, é o reflexo de tensões sistêmicas mais profundas — e talvez o prenúncio de uma fase de deflação sem precedentes.
Em uma análise de tom sombrio, McGlone traça paralelos com momentos críticos da história econômica: o crash da Bolsa de 1929, o colapso do mercado japonês no fim dos anos 1980 e a bolha das empresas ponto-com no início dos anos 2000. Segundo ele, a crescente instabilidade nos ativos digitais pode ser o prenúncio de uma correção mais ampla nos mercados.
Entre os sinais técnicos que embasam essa visão, o estrategista destaca o comportamento dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA. A média móvel de 200 dias dos papéis de 10 anos atingiu o maior nível em duas décadas e se aproxima de um ponto de inflexão — possível indicativo de reversão.
No centro de suas preocupações está o Bitcoin. McGlone alerta que a principal criptomoeda pode estar perto de uma mudança de tendência. Diferentemente de 2009 — quando os mercados acionários tocaram o fundo e o Bitcoin iniciou sua escalada — o cenário atual sugere esgotamento. Ele também aponta a alta recente das altcoins, que seguem fortemente correlacionadas ao desempenho do BTC.
Para o analista, o ciclo do dinheiro fácil chegou ao fim. Ele projeta uma onda de deflação de ativos e instabilidade nos mercados. Sua visão contrasta com a de analistas mais otimistas, que ainda apostam em novos recordes para o Bitcoin nos próximos meses.