O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem uma preferência bem definida quanto ao preço do petróleo. De acordo com analistas do Goldman Sachs, Trump parece confortável com o barril do WTI (West Texas Intermediate) sendo negociado entre US$ 40 e US$ 50 — uma faixa que, ao que tudo indica, representa seu “ponto de equilíbrio” ideal.

O banco analisou declarações públicas e postagens nas redes sociais do presidente sobre o setor de energia e identificou um padrão consistente: quando os preços superam os US$ 50, Trump costuma pressionar por reduções; quando se aproximam de US$ 40, ele tende a defender movimentos de alta.

A energia e a supremacia dos EUA nesse setor são temas centrais para Trump, que não hesita em intervir publicamente. Para os analistas do Goldman Sachs, a frequência e intensidade com que ele comenta o mercado indicam que pode, de fato, tentar influenciar diretamente os preços, com o objetivo de mantê-los dentro da faixa que considera ideal.

Essa postura presidencial, segundo o banco, pode se tornar um fator estrutural de pressão baixista sobre os preços do petróleo nos próximos anos — especialmente em um cenário já fragilizado por riscos geopolíticos, como as persistentes tensões comerciais entre Estados Unidos e China.