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Sentimento do consumidor nos EUA atinge máxima de cinco meses

Sentimento do consumidor nos EUA atinge máxima de cinco meses

Em julho, a confiança do consumidor norte-americano atingiu seu nível mais alto em cinco meses, sinalizando que o segundo mês do verão foi especialmente positivo para a economia dos EUA. No entanto, ainda há um ponto de atenção: o otimismo permanece abaixo da média histórica, refletindo preocupações persistentes com os impactos das tarifas comerciais em larga escala adotadas pelo país.

Segundo dados da Universidade de Michigan, o índice de sentimento do consumidor subiu para 61,8 pontos no mês, superando os 60,7 registrados em maio e a projeção de 61,4 feita por analistas.

Além disso, pela segunda vez consecutiva, as expectativas de inflação para os próximos 12 meses caíram de 5,0% para 4,4%. Já para os próximos cinco anos, a projeção caiu de 4,0% para 3,6%. Ambos os indicadores atingiram o nível mais baixo desde fevereiro de 2025, embora ainda permaneçam acima dos valores registrados em dezembro de 2024.

“É improvável que os consumidores recuperem totalmente a confiança na economia enquanto não estiverem convencidos de que a inflação não voltará a subir — o que só será possível, por exemplo, se a política comercial se estabilizar no médio prazo”, avaliou Joanne Hsu, diretora de pesquisas de consumo da Universidade de Michigan. Para ela, o cenário atual é de relativa estabilidade, uma vez que “não há indícios de que outras medidas políticas — incluindo a recente aprovação do pacote fiscal — tenham influenciado significativamente a confiança do consumidor”.

Economistas já haviam alertado que a postura agressiva do governo em relação às tarifas poderia elevar a pressão inflacionária e prejudicar a atividade econômica. Ainda assim, os dados mais recentes contam uma história diferente: a economia dos EUA segue resiliente, e as tarifas, por si só, ainda não demonstraram força suficiente para desestabilizá-la.

No dia 17 de julho, as vendas no varejo superaram as expectativas, e os pedidos semanais de auxílio-desemprego ficaram abaixo do previsto. Apesar de a inflação de junho ter vindo dentro do esperado, as tarifas americanas elevaram os preços de alguns produtos específicos.

A data-chave de 1º de agosto, marcada para a entrada em vigor de tarifas mais elevadas, aproxima-se rapidamente. A Casa Branca já sinalizou a possibilidade de fechar acordos bilaterais antes desse prazo. Até agora, foram anunciados entendimentos preliminares com países como Reino Unido, China, Vietnã e Indonésia.

Contudo, persiste a falta de acordo com outros parceiros comerciais, especialmente os europeus. Para evitar os efeitos das novas tarifas impostas por Donald Trump, os líderes europeus terão de agir rapidamente.

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