O dólar americano cai em meio à volatilidade e às reduções antecipadas das taxas
O dólar norte-americano se despede de agosto e desliza para níveis mais baixos! A fraqueza é alimentada pelos cortes de juros!
A moeda americana voltou a enfrentar significativa volatilidade. Segundo a Bloomberg, o dólar se desvalorizou de forma acentuada em agosto, à medida que investidores se preparavam para uma desaceleração econômica e possíveis cortes nas taxas de juros.
No último mês do verão, o Bloomberg Dollar Spot Index caiu 1,6%, após uma retração de 2,7% em julho. Nesse cenário, analistas de Wall Street esperam que a moeda de reserva global perca cerca de 8% até o final de 2025, diante de uma desaceleração econômica moderada e da disposição do Federal Reserve em reduzir as taxas de juros.
A situação se complica com o fato de o presidente Donald Trump questionar tanto a autoridade do banco central quanto a confiabilidade dos dados econômicos, o que cria uma verdadeira bomba-relógio para o dólar e compromete sua atratividade como investimento.
Especialistas do TD Securities alertam que as recentes ações da administração americana podem ter consequências de longo prazo, potencialmente enfraquecendo o status do dólar como moeda de refúgio e aumentando a pressão sobre ele por meio de prêmios de risco.
Do ponto de vista da análise técnica, observa-se uma clara tendência de baixa nos gráficos da moeda americana. Nesse contexto, traders projetam uma leve desvalorização do dólar nos próximos três a seis meses. Desde o início de março de 2025, a taxa do dólar caiu abaixo de sua média móvel de 100 dias e permaneceu nesse patamar, com duas tentativas de rompimento fracassadas, tornando difícil prever sua trajetória futura.
Espera-se que as expectativas de fraqueza do dólar incentivem investidores internacionais a aumentarem a proteção cambial de seus ativos americanos. Segundo o Morgan Stanley, fundos de pensão e seguradoras da Dinamarca elevaram suas razões de hedge cambial em relação ao dólar desde o começo de 2025.
Os analistas do banco destacam que, embora mantenham uma visão positiva sobre os ativos americanos, estão menos otimistas em relação à moeda dos EUA. Eles observam que os mercados financeiros do país continuam liderando em tamanho e liquidez, mas alertam que a crescente incerteza política pode levar investidores estrangeiros a intensificarem a proteção contra risco cambial, exercendo ainda mais pressão sobre o dólar.