Obama critica modelo de negócios cripto da família Trump e alerta para riscos financeiros
A recente disparada dos mercados trouxe à tona uma nova frente de críticas políticas: o ex-presidente Barack Obama comentou publicamente sobre o envolvimento da família Trump no setor de criptomoedas. Durante um discurso, Obama afirmou que os negócios da família no ramo refletem uma política econômica moldada para favorecer bilionários, não cidadãos comuns.
Ele ironizou o fato de Trump ter se aliado a grandes investidores estrangeiros, sugerindo que o atual governo carece de uma estratégia real para impulsionar a economia. Para Obama, o país estaria migrando de um capitalismo tradicional para o que ele chamou de “democracia NFT” — um sistema em que gestos políticos são transformados em tokens e vendidos como produtos de luxo.
O projeto em questão, World Liberty Financial, é oficialmente apresentado como o prenúncio de uma nova era financeira. No entanto, Obama apontou que, na prática, ele se assemelha mais a uma plataforma onde dados de investidores circulam entre poucos privilegiados. Ele lembrou ainda que, quando o Bitcoin disparou logo após uma menção de Ivanka Trump nas redes sociais, o episódio levantou suspeitas sobre os reais interesses por trás dessas declarações.
Com sua conhecida ironia, Obama comparou o atual mercado de criptomoedas às promessas de Halloween — brilhantes por fora, mas muitas vezes cheias de surpresas desagradáveis. Segundo ele, embora a inovação seja bem-vinda, é essencial que o debate sobre o futuro das finanças digitais venha acompanhado de uma reflexão moral. Afinal, nas palavras do ex-presidente, “não é a tecnologia que define o progresso, mas o propósito com que ela é usada.”