Pequim sinaliza novo estímulo para apoiar a meta de crescimento de 5%
A China entra em uma fase decisiva, com novos estímulos econômicos no horizonte. Segundo autoridades de alto escalão, Pequim está determinada a atingir sua meta oficial de crescimento do PIB de 5% em 2025, mesmo diante do agravamento das pressões globais.
Em 28 de abril, Zhao Chenxin, vice-presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, afirmou que o governo implementará medidas adicionais para sustentar o emprego e estabilizar indicadores econômicos-chave, sem abrir mão do compromisso com o desenvolvimento de longo prazo. Ele assegurou que a China dispõe de reservas e capacidade suficientes para alcançar seus objetivos.
A declaração de Zhao foi reforçada por Zou Lan, vice-governador do Banco Popular da China (PBOC), que destacou a intenção de manter uma política monetária moderadamente acomodatícia, com o duplo objetivo de apoiar o crescimento e preservar a estabilidade do yuan. Apesar das especulações recentes sobre um possível corte de juros, o PBOC já reduziu sua taxa básica de empréstimo a níveis historicamente baixos e, no curto prazo, não prevê novos cortes.
Analistas observam que o sentimento do mercado segue positivo quanto à resiliência da economia chinesa, mesmo com os efeitos da guerra tarifária em curso com os Estados Unidos. Autoridades e especialistas acreditam que Pequim está bem posicionada para enfrentar choques externos.
No início do mês, o presidente dos EUA, Donald Trump, elevou as tarifas sobre produtos chineses para impressionantes 245%, o que levou a uma retaliação imediata de Pequim, com tarifas de 125%. Embora esse embate comercial tenha ampliado as incertezas sobre o cenário econômico chinês, as autoridades permanecem focadas em conter a inflação e mitigar a desaceleração do crescimento.