Ontem, os índices de ações dos EUA fecharam com perdas. O S&P 500 caiu 1,12%, enquanto o Nasdaq 100 recuou 1,90%. O Dow Jones Industrial Average perdeu 0,84%.

Os índices asiáticos também caíram no final de uma semana marcada por opiniões conflitantes, à medida que os investidores equilibravam o otimismo em relação aos avanços tecnológicos com preocupações sobre as avaliações inflacionadas na inteligência artificial. O Índice MSCI Ásia-Pacífico declinou 0,9%, colocando-o a caminho de sua pior semana desde o início de agosto. As ações de empresas relacionadas à IA, como a Nvidia Corp., também caíram novamente ontem, enquanto o índice de volatilidade (VIX) subiu acentuadamente. O Índice MSCI All Country World está prestes a registrar sua primeira queda semanal em quatro semanas.

Investidores que impulsionaram a alta com a expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve e de um crescimento econômico turbinado pela IA agora questionam a rentabilidade dos enormes CAPEX do setor. Executivos de Wall Street também adotaram um tom mais cauteloso, já que a recuperação após a queda de abril depende de um grupo cada vez mais restrito de companhias. Essa base estreita levanta dúvidas sobre a sustentabilidade da alta: se um pequeno número de grandes empresas de tecnologia continuar a ditar o ritmo, cresce o risco de uma correção acentuada caso enfrentem dificuldades. Para confirmar a tendência de longo prazo, o mercado mais amplo precisa mostrar participação mais equilibrada.

Além disso, a reavaliação das perspectivas para os cortes do Fed adiciona pressão. Investidores que precificavam vários cortes ao longo do ano agora revisam projeções diante da inflação persistente e da resiliência econômica, o que eleva os rendimentos dos Treasuries e torna as ações menos atrativas frente aos ativos de renda fixa.

Na semana passada, o presidente do Fed, Jerome Powell, reforçou que um corte em dezembro não está predeterminado. Ainda assim, os investidores seguem atribuindo cerca de 70% de probabilidade a um afrouxamento na reunião, mantendo o debate em aberto.

Em relação ao quadro técnico do S&P 500, a principal tarefa dos compradores hoje será superar o nível de resistência mais próximo, de US$ 6.743. Isso ajudará o índice a ganhar terreno e também abrirá caminho para uma possível quebra para o novo nível de US$ 6.756. Um objetivo igualmente importante para os touros será manter o controle acima da marca de US$ 6.769, o que fortaleceria as posições dos compradores. No caso de um movimento de queda impulsionado pela redução do apetite pelo risco, os compradores devem se afirmar em torno da área de US$ 6.727. Uma quebra abaixo desse nível empurraria rapidamente o instrumento de negociação de volta para US$ 6.711 e abriria o caminho para US$ 6.697.